Origem do nome: “Itaíba” em Tupi significa pau-ferro (Ita=ferro/Iba = árvore ou pau).
A antiga Fazenda Itaíba, que antigamente se denominava Fazenda “São Serafim” com 38 quadras de sesmarias, era propriedade de Clarindo Veríssimo da Fonseca, médico em Tupanciretã, e de sua esposa Adriana Pereira, que teria dado o nome de “Itaíba” para a fazenda que herdara de seu pai Teófilo Pereira dos Santos, por causa das árvores centenárias da Sede da Fazenda.
A Comunidade de Fazenda Itaíba surgiu em meados dos anos de 1970, quando começam a chegar as famílias atingidas pela Barragem do Passo Real, assentadas pelo INCRA através do Projeto Integrado de Colonização e Reforma Agrária – Passo Real.
As famílias atingidas pela Barragem do Passo Real, que foram reassentadas na Fazenda Itaíba, eram moradores das comunidades de Sede Aurora, Santa Clara do Ingaí, Sede Vitória, Mundo Novo, São Roque e Quinze de Novembro. Grande parte destas famílias era descendente de colonos imigrantes alemães e italianos. , que haviam migrado para aquela região na década de 1920.
A área da Fazenda Itaíba foi dividida em 106 lotes, que variavam entre 24 e 44 hectares. O Incra aglutinou os agricultores em pequenos grupos de mecanização, abrangendo 10 a 14 famílias, considerando a proximidade. Cada grupo ganhava um trator e 36 grupos uma colheitadeira.
O INCRA disponibilizou uma área comunitária denominada “Sede” do Projeto Passo Real, onde deveria ser construída escola, armazéns, áreas de recreação, etc. Foi destinado um lote para a Cooperativa de Ibirubá (Cotribá), que construiu um graneleiro para receber a produção dos assentados de Fazenda Itaíba. Foram construídas três escolas em pontos estratégicos para melhor atender a população assentada.
Os espíritos comunitários dos assentados fizeram com que eles próprios suprissem suas necessidades matérias, sem precisar recorrer ao poder público. Por isso, ainda, na década de 1970, a comunidade de Itaíba construiu, em sistema de mutirão, o Clube, a Igreja Ecumênica e ajudou na construção da sede da escola.
Texto e Pesquisa: Linara Cristina dos Santos – Historiadora
Execução: João Bóllico - Jornalista MTB 19473 / RS
